PAPEL MOEDA
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É inegável que o papel moeda há muito tempo beneficia a sociedade a se desenvolver como meio de troca. Mas também é inquestionável de que é também uma ferramenta facilitadora para que falcatruas ocorram.
Quem já não foi tentado em uma clínica médica ou em outros setores na questão do abatimento do valor a ser pago Não faz muitos dias em que de conhecida obtive o seguinte comentário: “Fui ao médico fazer uma consulta e ao final, quando fui pagar, reclamei do preço. Era cobrado o valor de R$ 200,00 a consulta. Imediatamente ao ouvir-me a secretária da clinica falou com total naturalidade que conseguiria um abatimento de 20%, mas para tanto eu teria de concordar em receber uma nota fiscal com a metade do preço. Ou seja, recebi uma nota fiscal de R$ 100,00, por uma consulta que ao final das contas paguei R$ 160,00.”
Nas grandes falcatruas o dinheiro é quem manda e até escondido na cueca, pois afinal, dinheiro depositado em conta corrente é impensável. Não pode haver rastro algum nessa ação... Tudo isso é possível, pois, há o mecanismo do papel moeda ou de seu disfarçado acompanhante, o cheque, que nesses casos rola de mão em mão até um dia ser descontado. Claro que aqui estou me referindo ao habitual talão de cheques para os casos considerados triviais, pequenos jeitinhos brasileiros. Não utilizável nas grandes manobras financeiras. (Não esquecendo que em grandes somas ou em pequenas, todas são falcatruas. )
Se o Brasil um dia viesse a assim atuar, realmente a sonegação e todos os tipos de roubalheiras que ocorrem descaradamente estariam com seus dias contados. Como alguém conseguiria provar ao governo que ganhou um valor se em sua conta corrente (única forma de recebimento) outro valor foi periodicamente depositado durante o ano? Como as grandes roubalheiras públicas e privadas ocorreriam, uma vez que a única forma de uma pessoa ou empresa ter o dinheiro seria através do depósito bancário legal? Enquanto perpetuarmos o papel moeda em nossa sociedade, a tentativa de proibição total das pequenas ou grandes falcatruas será bonito apenas para ouvir em discursos políticos e em reuniões empresariais. Como proibir algo se mantemos os caminhos para o seu perpetuamento? Marcílio Franco da Costa Pereira |