Violência não controlada no Brasil já geram prejuízos!
O Brasil se prepara para receber pessoas do mundo todo para assistir grandes eventos. Seja a Jornada Mundial da Juventude, Copa e outros episódios. Mas se esquece de que é através da consideração que tem perante o mundo, que determinará se poderá ou não ser verdadeiramente palco de grandes concentrações de turistas.
Estamos investindo pesado em estádios de futebol, estradas, telecomunicações e outras coisas e, ao mesmo tempo, nos esquecemos de fazer um país seguro. E é resposta mais do que preocupante a este tipo de coisa o seguinte comentário: DW: “Markus Hartmann, do departamento jovem da Conferência dos Bispos da Alemanha, calcula que cerca de 2.500 jovens alemães devem ir ao Brasil para participar do evento. Em 2011, 16.500 foram para Madri. Em 2008, 6.000 viajaram para Sydney.”
Observemos que não está se abordando a questão legítima e totalmente necessária que é a segurança em nosso cotidiano. Estados que eram considerados exemplos, ao menos para o Brasil, já não mais são modelos de segurança. Este é o caso atual do Estado de Santa Catarina. Não faz três ou quatro anos atrás em que estudo efetuado por Universidades do norte catarinense demonstravam que anualmente este estado recebia uma média de cem mil novos moradores provenientes de outras partes do Brasil. E de lá para cá não houve alterãções significativas. Dos cem mil novos habitantes, setenta e cinco por cento ficavam entre as cidades de Joinville até Florianópolis (parte litorânea). E estes, em média, são profissionais liberais ou empresários que fugiram do Sudeste (principalmente) e demais regiões, devido à violência e a falta de segurança local. Mas diante do quadro atual que o Estado de Santa Catarina vive, este porto seguro para muitos brasileiros se desfaz como castelo feito de areia de praia. Quanto tempo levou para o governo catarinense iniciar ações efetivas com a solicitação da Força Nacional que apenas aguardava a sua autorização para entrar? Quanto tempo perdido por isto! A sociedade catarinense não está acostumada com tanta demora de decisão. Habituados, em tudo, a tomarem decisões e ações rápidas. É exemplo para todo o Brasil a garra com que os blumenauenses, por exemplo, assim que tem a sua cidade livre da enchente, todos vão para às ruas limpar a cidade e já no dia seguinte a cidade está impecável. Fato este que não ocorreu na última enchente, pois esta veio seguida de deslizamento de terra.
Voltando a falar do ponto de vista econômico. Tão difícil do que normalizar esta situação talvez seja o de convencer ao mundo de que o Brasil mudou, quando isto ocorrer... Mesmo que hoje a violência fosse eliminada ou levada aos patamares de países verdadeiramente desenvolvidos, o trabalho de conscientização e troca das opiniões externas sobre o Brasil serão tão ou mais difícil de fazer do que o combate efetivo da violência. Mas, certamente, o quanto antes começarmos a desenvolver este trabalho de normalização. Precisamos começar!
| Cristiano Augusto Magalhães |
Material para análise:
Jornada Mundial da Juventude