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A solução que vem do lixo: usinas transformam metano em energia elétrica

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A matéria abaixo é de grande utilidade para todas as regiões nacionais. É verdade que no caso do Sul do Brasil como em outras regiões, encontra-se a predominância de cidades pequenas com baixa quantidade de habitantes. Sendo este um motivo impeditivo de se colocar em prática este projeto. Entretanto, através da união das cidades (regionalmente) há condições de se colocar em nosso cotidiano e a benefício imediato de todos, unificando os depósitos de lixo.  Muito além do objetivo econômico que na leitura abaixo observa-se, está se falando da preservação ambiental que tal prática pode vir a proporcionar.

 

Fonte: Siemens – Respostas Sustentáveis

A solução que vem do lixo: usinas transformam metano em energia elétrica

 

 

29 DE MARÇO DE 2013

TAGS : ATERROS, ENERGIA, LIMPA, METANO, SÃO PAULO

 

Foto: Denise Pinesso- Flickr - vista aérea do aterro Bandeirantes

 

Transformar lixo em energia limpa? O que parecia inviável há alguns anos hoje é uma realidade em muitos aterros sanitários. E São Paulo, conhecida por ser uma das cidades mais poluidoras do mundo, é uma referência no assunto. Atualmente, os dois maiores aterros da capital paulista, Bandeirantes e São João, contam com usinas que transformam em energia elétrica o gás metano produzido pela biomassa. Isso garante uma redução de mais de 20% nas emissões de gases do efeito estufa na cidade, além da produção de energia para alimentar até 800 mil pessoas.

A ideia veio de longe, quando, no final da década de 90, uma empresa holandesa resolveu investir em resíduos no Brasil. Mas o resultado é uma conquista nossa. Entre 2004 e 2008, a Prefeitura de São Paulo cedeu os aterros para que as empresas responsáveis por eles criassem, em parceria com a holandesa, a Biogás Usinas Termelétricas. Essas usinas contam com tubulações perfuradas que têm a capacidade de captar o metano liberado e queimá-lo, gerando energia elétrica. O metano é produzido pelas bactérias anaeróbicas, que consomem o lixo nas camadas subterrâneas, onde não há oxigênio. Altamente poluidor, esse gás contribui 21 vezes mais para o efeito estufa do que o CO2. Até então, ele era o segundo principal responsável pela emissão de gases poluentes na cidade.

E os benefícios não param por aí. A criação das usinas fez com que os aterros pudessem vender créditos de carbono. O Protocolo de Kyoto estabelece uma cota máxima de gases poluentes que os países podem emitir. Quando esse valor é ultrapassado, devem ser comprados créditos das nações que estão com as emissões mais baixas. Os créditos do aterro Bandeirantes, por exemplo, já foram leiloados por R$ 140 milhões. Esse valor foi dividido meio a meio entre as empresas responsáveis e a prefeitura, que destina o dinheiro a um fundo da Secretaria do Meio Ambiente para financiar projetos ambientais.

Se a sua cidade possui mais de 500 mil habitantes e conta com o sistema de descarte de lixo em aterros sanitários, pense no assunto! Usinas de metano são uma opção viável, lucrativa e benéfica ao meio ambiente.

Artigo escrito por Jaqueline Sordi